Essas reportagens envolviam acusações de que o ministro Alexandre de Moraes teria usado métodos não oficiais para obter informações e investigar aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro durante as eleições de 2022, época em que estava à frente do TSE. Em resposta, Moraes afirmou que todos os procedimentos realizados eram oficiais e dentro da legalidade.
Na sua decisão, o ministro classificou o pedido de devolução do celular como confuso, sem fundamentação e absolutamente impertinente. Além disso, Moraes determinou que a PF investigue o vazamento das conversas entre Tagliaferro e Airton Vieira, juiz auxiliar do ministro, ambos envolvidos na produção de relatórios durante a gestão de Moraes.
É importante ressaltar que Tagliaferro já foi preso por violência doméstica no ano passado, momento em que foi demitido pelo ministro. Durante o período de prisão, o celular ficou sob a custódia da Polícia Civil de São Paulo.
Diante da situação, a defesa de Tagliaferro criticou a apreensão do celular durante o depoimento, destacando que essa medida não é comum em situações semelhantes. O advogado Eduardo Kuntz afirmou que mais uma vez o abuso de autoridade e o excesso de poder evidenciam-se claramente.