Dino, ao abordar o clima de hostilidade e violência, exemplificou a gravidade da situação ao mencionar uma ameaça de bomba registrada no Ministério do Desenvolvimento Social na mesma data. Ele compartilhou trechos das agressões verbais que recebeu, salientando que foi insultado de forma grosseira, sendo chamado de “canalha” e comparações que retratam uma intenção de violência física.
As mensagens recebidas pelo ministro refletem um cenário de polarização e ódio que ganhou força no ambiente político e social do país. Dino expressou preocupação com o que ele chamou de “espírito do tempo”, caracterizado pelo cultivo de um ódio que se manifesta de maneira crescente e até criminosa nas redes sociais. Ele enfatizou que as dinâmicas de segurança enfrentadas pelas instituições hoje são muito distintas das que existiam uma década atrás, alertando para os riscos de invasões no STF, que já ocorreram no passado.
Além disso, a memória recente de um atentado na sede do STF em 2024, quando um indivíduo chamado Francisco Wanderley, popularmente conhecido como Tiu França, foi barrado enquanto tentava ingressar no edifício com explosivos, intensifica a preocupação com a segurança institucional. Após ser interditado, Wanderley acionou a carga explosiva, resultando em sua própria morte. Era um apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e havia sido candidato a vereador em Santa Catarina.
Diante dessas circunstâncias, o Supremo Tribunal Federal mantém um regime de segurança mais robusto, refletindo a necessidade premente de proteger não apenas os membros da corte, mas também a integridade das instituições democráticas brasileiras. A atmosfera tensa e polarizada exige uma reflexão profunda sobre as consequências das palavras e ações em um ambiente onde a violência parece ganhar espaço e legitimidade.