A decisão de Moraes veio como resposta a um pedido feito pela defesa de Bolsonaro. No dia anterior, os advogados solicitaram ao STF a devolução do passaporte do ex-presidente para que ele pudesse viajar aos Estados Unidos entre os dias 17 e 22 de janeiro para acompanhar a posse de Trump, marcada para o dia 20 em Washington.
Entretanto, Moraes apontou que a defesa de Bolsonaro não apresentou elementos que comprovem a necessidade da viagem ao exterior. Dessa forma, o ministro determinou que seja feita uma complementação probatória antes da análise do mérito da solicitação.
Vale ressaltar que o passaporte de Bolsonaro foi apreendido em fevereiro de 2024 no âmbito da Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal, que investiga uma suposta organização criminosa. A operação suspeita que o grupo estaria agindo para dar um golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito no Brasil com o objetivo de manter Bolsonaro no poder.
Desde então, a defesa de Bolsonaro tentou recuperar o passaporte em pelo menos duas ocasiões, mas teve os pedidos negados por Alexandre de Moraes. Até o momento, a defesa de Bolsonaro não foi contatada pela Agência Brasil para comentar a decisão do ministro.
Dessa forma, o desenrolar dessa situação promete continuar gerando repercussão e discussões nos próximos dias. A determinação de Alexandre de Moraes traz mais um capítulo para essa história envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e a possibilidade de acompanhar a posse do presidente dos Estados Unidos.