JUSTIÇA – Ministro do STF critica negacionismo e reforça gravidade da pandemia de covid-19 durante julgamento sobre vacinação obrigatória em Uberlândia



O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes fez declarações contundentes nesta quarta-feira (6) durante o julgamento no qual a Corte considerou inconstitucional uma lei municipal de Uberlândia, Minas Gerais, que proibia a vacinação compulsória da população e vedava sanções para quem optasse por não se vacinar em 2022.

Moraes destacou a gravidade da pandemia de covid-19, reiterando que não se tratava de uma “gripezinha”, como alguns chegaram a afirmar. Ele ressaltou que mais de 700 mil brasileiros perderam suas vidas para a doença e enfatizou que o Brasil foi o segundo país com o maior número absoluto de mortes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos.

Além disso, o ministro criticou veementemente o negacionismo em relação à vacinação que tem sido observado no país. Ele mencionou a disseminação de desinformação nas redes sociais, citando a propagação de teorias conspiratórias como a alegação de que a vacina transformaria as pessoas em jacarés ou de que a pandemia era uma estratégia chinesa para promover o comunismo no Brasil.

Moraes ressaltou a importância das medidas de restrição adotadas para conter o avanço do vírus e proteger a vida dos cidadãos. Ele enfatizou que a negação da gravidade da situação e a disseminação de informações falsas contribuíram para a desconfiança da população em relação à vacinação.

Por unanimidade, o plenário do STF confirmou a decisão do ministro Luís Roberto Barroso de suspender a lei municipal de Uberlândia. A decisão, tomada em abril de 2022, foi referendada pela Corte, reforçando a importância do cumprimento das medidas de saúde pública para combater a pandemia de forma eficaz.

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