Essa não é a primeira vez que o inquérito é prorrogado. Em setembro do ano passado, Moraes já havia estendido o prazo por mais 90 dias. O inquérito em questão avalia “fortes indícios” da atuação de uma organização criminosa para atentar contra a democracia e o estado democrático de direito, e em outubro de 2023, o ministro incluiu o relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro nas investigações. Esse relatório marcou o fim dos trabalhos da comissão e indiciou 61 pessoas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O relatório possui um volume considerável de material, contendo 1,3 mil páginas e 7 terabytes de arquivos digitais, incluindo imagens, vídeos e diversos documentos que embasaram os indiciamentos.
A prorrogação do inquérito demonstra a complexidade e a seriedade das investigações em andamento, além de revelar o empenho das autoridades em apurar possíveis crimes que atentem contra a democracia brasileira. A atuação das milícias digitais e a disseminação de desinformação nas redes sociais são questões que têm sido objeto de preocupação em diversos países, e as investigações conduzidas pelo STF buscam garantir a preservação da ordem democrática e o respeito às instituições nacionais.
O desdobramento desse inquérito continuará a ser acompanhado de perto pela sociedade e pelas autoridades, uma vez que seus desfechos poderão ter impactos significativos no cenário político e social do país. Enquanto isso, a Polícia Federal terá o período adicional para aprofundar as investigações e buscar esclarecimentos que contribuam para o desenrolar desse caso.