O depoimento de Mauro Cid foi enviado de volta à PF pelo ministro para complementação das investigações. Em entrevista após o depoimento, a defesa do tenente-coronel afirmou que os benefícios da delação foram mantidos e que ele prestou todos os esclarecimentos solicitados.
A oitiva foi conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, responsável pela homologação da delação premiada do militar, no entanto, o conteúdo do depoimento não foi divulgado publicamente.
Durante a audiência, Mauro Cid negou ter conhecimento do plano golpista para matar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro Moraes. No entanto, as investigações da Operação Contragolpe indicaram que uma das reuniões do suposto plano golpista ocorreu na casa do general Braga Netto, em Brasília, com a presença de Mauro Cid.
O tenente-coronel assinou um acordo de delação premiada com a PF no ano passado, comprometendo-se a revelar fatos que presenciou durante o governo de Bolsonaro, incluindo o caso das vendas de joias sauditas e a fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.
Mauro Cid é um dos 37 indiciados pela PF no inquérito que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição de Lula da Silva como presidente.