Além da acusação de participação nos atos, a ré também foi apontada como autora da pichação da frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, em frente ao STF, durante os protestos. A frase, atribuída ao presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, foi proferida em novembro de 2022, em meio a um incidente internacional ocorrido em Nova York, nos Estados Unidos.
O voto de Moraes foi emitido durante o julgamento virtual conduzido pela Primeira Turma da Corte, que avalia a ação penal contra a acusada pelos crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.
De acordo com o ministro relator, Debora Rodrigues dos Santos confessou ter vandalizado a escultura “A Justiça”, de Alfredo Ceschiatti, localizada na Praça dos Três Poderes, mesmo diante do cenário de depredação do espaço público.
O julgamento virtual seguirá até a próxima sexta-feira (28), aguardando os votos dos ministros Cristiano Zanin, Flávio Dino, Luiz Fux e Cármen Lúcia.
A defesa da acusada, representada pelos advogados Hélio Júnior e Tanieli Telles, manifestou profunda consternação com o voto de condenação de Alexandre de Moraes, classificando-o como um “marco vergonhoso na história do Judiciário brasileiro”. Os advogados afirmaram que Débora é inocente e que o julgamento possui motivações políticas, contestando a severidade da pena imposta. Segundo eles, não houve demonstração de envolvimento da acusada em atos violentos ou em qualquer atividade associada a uma organização criminosa.