Essa decisão do ministro Moraes não se resume apenas à suspensão de perfis. Recentemente, ele também autorizou a prisão de Zambelli e determinou a inclusão do nome da parlamentar na lista de procurados da Interpol. Essa ação foi motivada pela suspeita de que a deputada teria deixado o Brasil para escapar do cumprimento de uma pena imposta pelo STF.
A prisão foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que alegou que Zambelli havia fugido do Brasil justamente para evitar a punição. Em uma entrevista veiculada por uma rádio no interior de São Paulo, a deputada declarou que sua saída do país foi motivada por questões de saúde e que ela planeja pedir licença do mandato. Zambelli atualmente se encontra nos Estados Unidos e revelou que pretende viajar para a Itália, devido à sua cidadania italiana.
Vale destacar que essa saída do país ocorreu menos de um mês após a deputada ser condenada a dez anos de prisão, também pelo STF, pela invasão do sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) no ano de 2023. Além de cumprir a pena, ela foi multada em R$ 2 milhões por danos coletivos, apresentando recurso contra a decisão.
As investigações apontam que Zambelli foi a mente por trás dessa invasão, que visava emitir um mandato de prisão falso contra o ministro Alexandre de Moraes. O plano foi executado por Walter Delgatti, que também enfrentou condenação e confessou ter realizado o hackeamento sob ordens da parlamentar.
Após anunciada a fuga de Zambelli, o advogado Daniel Bialski se desligou da defesa da deputada. Em consequência, Moraes determinou que a Defensoria Pública da União (DPU) assumisse a defesa legal da parlamentar. A situação em torno de Carla Zambelli continua a se desenrolar, atraindo atenção tanto da mídia quanto do público, em meio a um cenário político conturbado.