Para que Brandão possa tomar posse na nova função, ele precisará obter a aprovação da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal, seguida da validação pelo plenário da Casa. O desembargador ocupará a vaga deixada pela aposentadoria da ministra Assusete Magalhães, que fez parte do STJ por vários anos.
A escolha de Carlos Brandão foi feita a partir de uma lista tríplice apresentada pelo STJ ao presidente Lula em novembro do ano passado. Além de Brandão, a lista incluía as desembargadoras Daniele Maranhão Costa, também do TRF1, e Marisa Ferreira dos Santos, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3), que é sediado em São Paulo. Contudo, as duas foram preteridas em favor de Brandão, o que demonstra a confiança do governo em sua atuação.
Uma das influências significativas na escolha de Brandão foi o apoio que ele recebeu do ministro Kassio Nunes Marques, membro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-integrante do TRF1. Essa conexão pode ter sido um fator decisivo no processo de seleção, considerando a relevância de Nunes Marques no cenário jurídico nacional.
Carlos Brandão possui uma formação sólida: graduou-se em Direito pela Universidade Federal do Piauí (UFPI) e obteve o título de doutor em Ciências Jurídicas pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Antes de sua ascensão ao TRF1 em 2015, atuou como juiz federal na Justiça Federal do Piauí e na Justiça Eleitoral.
Além disso, o STJ enfrenta outra vacância, resultante da aposentadoria da ministra Laurita Vaz. Para essa posição, uma nova lista tríplice foi enviada ao presidente Lula, que ainda não se pronunciou sobre sua escolha. Os candidatos incluem procuradores do Ministério Público, como Maria Marluce Caldas de Alagoas, Sammy Barbosa Lopes do Acre e Carlos Frederico Santos, do Ministério Público Federal. A definição dessas novas nomeações será um momento crucial na composição da Corte.