As evidências apontam que Marina retornava para casa em sua bicicleta quando foi brutalmente atropelada pelo réu, que, além de estar sob efeito de álcool, estava em alta velocidade e se recusou a prestar socorro à vítima. Imagens das câmeras de segurança mostraram José Maria chegando em sua residência após o acidente, visivelmente embriagado e gargalhando, sugerindo uma atitude irresponsável diante da situação.
Durante as investigações, o réu chegou a se esconder, mas retornou após a ameaça de um mandado de prisão. Agora, ele responde por homicídio doloso qualificado, pela grave conduta que colocou em perigo não só a vida de Marina, mas de todos ao seu redor. Este julgamento, que estava marcado inicialmente para junho de 2024, foi adiado devido a um atestado médico de dengue apresentado pela defesa do réu.
A família e amigos de Marina organizaram uma vigília em frente ao Fórum da Barra Funda antes do início do júri popular, na esperança de obter justiça após mais de quatro anos de espera. A mãe da vítima, Maria Claudia Kohler, declarou que, embora o julgamento não traga sua filha de volta, representa uma resposta contra a sensação de impunidade que assola tantas famílias no Brasil.
Marina Kohler Harkot era uma estudiosa dedicada à mobilidade urbana e ao ativismo, com destaque por seu trabalho em defesa da igualdade de gênero e melhores políticas de mobilidade. Sua dissertação de mestrado, aclamada nacional e internacionalmente, refletia sua paixão e comprometimento com esses temas.
A expectativa para o desenrolar do julgamento é alta, com a sociedade aguardando por uma decisão que faça justiça à memória de Marina e que promova maior conscientização sobre a importância da segurança no trânsito e do respeito aos ciclistas. A esperança é de que a justiça seja servida e que casos como este sirvam de alerta para a proteção da vida e da segurança de todos os cidadãos nas ruas da cidade de São Paulo.