Os investigadores estão concentrados na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e têm como objetivo confirmar se as falhas identificadas no ciclo eleitoral passado foram corrigidas. O Teste Público de Segurança (TPS) faz parte do processo eleitoral e consiste em avaliar os códigos-fonte e realizar ataques para identificar possíveis vulnerabilidades no sistema de votação eletrônica.
No último TPS, realizado entre novembro e dezembro do ano passado, foram detectadas cinco inconsistências que precisaram ser corrigidas pelo TSE. Entre as falhas encontradas estavam problemas na inicialização da urna e no procedimento de carga de informações sobre candidatos e eleitores. As equipes técnicas se dedicaram a aprimorar esses pontos e estão apresentando as melhorias durante o teste de confirmação.
O secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente, destacou a importância do TPS para evolução constante do sistema eleitoral. Cada achado dos investigadores é visto como uma oportunidade de melhoria. Durante os testes de confirmação, serão avaliados diferentes aspectos da urna eletrônica, como o gerenciador de dados, aplicativos, software de carga, votação, apuração e o Kit JE-connect.
Além da PF e da UFMS, sete pesquisadores do Laboratório de Arquitetura e Redes de Computadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) estão apoiando as equipes durante a execução dos testes. A transparência e a constante evolução do sistema eleitoral são aspectos fundamentais destacados pelo diretor-geral do TSE, Rogério Galloro.
Dessa forma, o trabalho conjunto entre a Polícia Federal, a UFMS, o TSE e demais instituições acadêmicas visa garantir a segurança e confiabilidade do processo eleitoral, contribuindo para a democracia e transparência nas eleições municipais deste ano.