JUSTIÇA – Homologado plano de recuperação judicial do Grupo Americanas pelo TJRJ após rombo bilionário e demissões de executivos.



O Grupo Americanas teve seu plano de recuperação judicial homologado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), marcando um novo capítulo na história da empresa. A decisão, assinada pelo juiz Paulo Assed Estefan, ocorreu após a descoberta de inconsistências contábeis que revelaram um rombo bilionário, levando à demissão do presidente Sérgio Rial e do diretor de Relações com Investidores, André Covre, em 2023. Como consequência, as ações da Americanas na Bolsa de Valores sofreram uma desvalorização de mais de 70%.

A recuperação judicial é uma medida legal disponível para empresas enfrentando dificuldades financeiras, como o Grupo Americanas. O pedido foi aceito pelo TJRJ em janeiro de 2023, o que resultou na suspensão das execuções judiciais de dívidas e abriu caminho para a elaboração de um plano de pagamento aos credores e reorganização administrativa. As empresas envolvidas são responsáveis por marcas conhecidas como Lojas Americanas, Submarino e Shoptime, entre outras.

A Assembleia Geral dos Credores rejeitou as primeiras propostas, mas em dezembro do ano passado o plano foi aprovado. Com a homologação judicial, a Americanas pode agora implementar as medidas acordadas, com prazos e modalidades de pagamento específicos para cada tipo de credor. O acordo prevê o pagamento de dívidas trabalhistas e com micro e pequenas empresas em até 30 dias, além de um acordo de capital com bancos como Bradesco, BTG Pactual, Itaú Unibanco e Santander.

O administrador judicial terá a responsabilidade de fiscalizar as atividades da empresa e o cumprimento do plano de recuperação. A Americanas divulgou uma nota informando sobre a homologação e promete manter acionistas e credores atualizados sobre os próximos passos. Paralelamente, o balanço da empresa referente ao terceiro trimestre de 2023 revelou novos prejuízos, embora menores do que os do ano anterior.

O juiz responsável pela homologação destacou a gravidade da crise financeira enfrentada pela Americanas e elogiou a construção de consenso entre as partes envolvidas no processo de recuperação judicial. O Ministério Público do Rio de Janeiro também apoiou a decisão. Essa etapa marca um importante capítulo na história da empresa, que agora terá que cumprir o plano acordado para reverter sua situação financeira.

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