A decisão de Gilmar Mendes, proferida no dia 4 de janeiro deste ano, levou o caso para deliberação no plenário do STF. Porém, um pedido de vista realizado pelo ministro Flávio Dino suspendeu o julgamento, sem previsão de data para ser retomado. Com isso, a determinação de janeiro, que reintegrou o presidente da CBF, continua vigente.
A controvérsia teve início em dezembro do ano passado, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro decidiu remover Ednaldo Rodrigues do cargo. A ação foi movida pelo Ministério Público, que apontou irregularidades nas eleições da CBF em 2017. Em meio ao processo, a entidade esportiva firmou um Termo de Ajustamento de Conduta em 2022, que previa uma nova eleição, na qual Rodrigues foi eleito.
A intervenção judicial que afastou Rodrigues atendeu a um pedido de ex-vices-presidentes da CBF, que perderam seus cargos devido ao TAC. O TJ-RJ considerou o acordo ilegal. Em resposta, Gilmar Mendes concedeu uma liminar para manter Rodrigues no cargo, citando a insatisfação da Fifa com a indicação de um interventor para a CBF.
O ministro destacou a importância do reconhecimento internacional da entidade máxima do futebol brasileiro e alertou para possíveis consequências negativas, como a exclusão da seleção olímpica masculina de competições devido à falta de um dirigente reconhecido. A situação ainda aguarda desdobramentos, enquanto o cenário esportivo nacional permanece em expectativa.