O general se encontra entre os dez réus do núcleo três da acusação golpista, conforme investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR). O grupo é acusado, entre outras coisas, de elaborar estratégias para dar respaldo à tentativa de golpe e de tentar convencer o alto comando das Forças Armadas a apoiar essa ação. Durante o seu depoimento, Teophilo negou veementemente qualquer envolvimento com os co-réus, afirmando que sua postura era apenas de consolo ao ex-mandatário e não de conluio.
Um ponto relevante do depoimento de Teophilo também inclui a menção ao general Freire Gomes, então comandante do Exército, que, segundo seu relato, teve o cuidado de não se envolver em questões que pudessem acirrar os ânimos. Teophilo citou a ordem de Freire Gomes para que ele representasse o Exército na reunião com Bolsonaro, uma vez que o comandante se encontrava fora de Brasília na data do encontro. A PGR, por sua vez, argumenta que a resistência de Freire Gomes em se alinhar ao golpe foi crucial para o fracasso da empreitada.
Durante seu depoimento, o general Teophilo salientou que não recebeu qualquer proposta ou documento que sugerisse uma ação ilegal. Ele enfatizou que, em nenhum momento, foi apresentado a ele qualquer tipo de elemento que pudesse indicar um caminho para adesão ao golpe. O Supremo Tribunal Federal (STF) está, neste momento, conduzindo os interrogatórios do núcleo golpista, formado por uma maioria de militares e um policial federal, todos envolvidos nas estratégias que visavam a desestabilização da democracia no país. Os réus, além de Teophilo, incluem coronéis e tenentes-coronéis, que na próxima fase do processo também poderão ser ouvidos.