Segundo relatórios de inteligência da operação, o general teria enviado um áudio a Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, relatando que durante uma conversa com o ex-presidente, ele teria mencionado que qualquer ação poderia ocorrer até o final de seu mandato. Fernandes teria expressado a urgência da ação, ressaltando oportunidades perdidas anteriormente.
Durante o governo de Bolsonaro, o general ocupou o cargo de secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República. A PF apontou que ele foi responsável pela elaboração de um arquivo de word intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que continha um planejamento voltado ao sequestro ou homicídio do ministro Alexandre de Moraes, do STF, assim como do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice, Geraldo Alckmin.
A investigação apontou que o documento foi impresso no Palácio do Planalto e levado para o Palácio da Alvorada, residência oficial de Jair Bolsonaro. O ex-presidente não foi citado no caso como investigado. Até o momento, Bolsonaro não se pronunciou sobre a operação da Polícia Federal.
Por meio de suas redes sociais, o senador Flávio Bolsonaro afirmou que “pensar em matar alguém não é crime”, defendendo ações preparatórias de crimes que envolvam lesão ou morte. A defesa do general Mário Fernandes não foi contatada pela Agência Brasil para comentar o caso.
É importante ressaltar que a investigação está em curso e novas informações podem surgir ao longo do processo. A sociedade aguarda por esclarecimentos e a devida responsabilização dos envolvidos no suposto plano golpista. O cenário político do país segue sendo impactado por essas revelações e ações judiciais.