O ministro também abordou a relevância da litigiosidade na área da saúde, apontando que uma parcela significativa do orçamento da saúde é destinada a atender decisões judiciais. Ele destacou que, embora os juízes atendam casos específicos, nem sempre têm uma visão abrangente do sistema de saúde como um todo. Barroso mencionou a criação de um sistema no Conselho Nacional de Justiça para fornecer informações técnicas de qualidade aos juízes, visando uma melhor fundamentação das decisões.
No que diz respeito à judicialização da saúde suplementar, Barroso observou que muitas vezes as demandas feitas aos planos de saúde extrapolam o que está previsto nos contratos. Ele ressaltou a importância de acordos extra-judiciais, argumentando que o Judiciário pode não possuir a expertise necessária para determinar certos gastos.
Durante o mesmo evento, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destacou avanços no setor de saúde no Brasil, como a ampliação dos recursos para a atenção primária. Ela ressaltou a importância de programas como o Mais Acesso a Especialistas e a informatização da gestão da fila para melhorar o atendimento à população.
Trindade também enfatizou a valorização da saúde suplementar e a integração com o Sistema Único de Saúde (SUS). Ela apostou em uma maior complementariedade entre os sistemas de saúde visando um avanço na assistência à população. A busca por parcerias e uma relação mais ágil são pontos chave para a melhoria do setor de saúde no país.









