JUSTIÇA – Ex-presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, pede ao STF suspensão de eleições agendadas enquanto aguarda julgamento sobre sua legalidade no cargo.

Em um desdobramento significativo na administração da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o ex-presidente Ednaldo Rodrigues solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão das eleições programadas para a escolha de um novo presidente da entidade. O pedido foi feito na última sexta-feira, dia 16 de outubro, e surge em meio a um cenário tumultuado na CBF.

O vice-presidente e interventor da confederação, Fernando Sarney, havia anunciado anteriormente que as eleições para o novo chefe da entidade ocorreriam no dia 25 deste mês. No entanto, a situação de Ednaldo Rodrigues se complicou após ser afastado do cargo por ordem do desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Gabriel de Oliveira Zefiro. O magistrado fundamentou sua decisão na denúncia de falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, ex-vice-presidente da CBF, em um acordo previamente homologado pelo STF, que visava acabar com a disputa judicial sobre a liderança da confederação.

A defesa de Ednaldo Rodrigues argumenta que a realização das eleições em 25 de outubro seria precipitada, uma vez que o STF agendou para o dia 28 do mesmo mês o julgamento da legalidade de acordos firmados entre o Ministério Público e várias entidades esportivas. Os advogados de Rodrigues ressaltaram que a realização da eleição apenas três dias antes desse julgamento poderia resultar em graves consequências institucionais e em situações de nulidade, desrespeitando a autoridade do Supremo.

O pedido de suspensão das eleições foi dirigido ao ministro Gilmar Mendes, relator do caso que envolve o retorno de Ednaldo Rodrigues ao cargo. Até o momento, não há uma data definida para que o ministro tome uma decisão sobre a solicitação.

Esse enredo se agrava considerando que, em fevereiro deste ano, Gilmar Mendes havia homologado um acordo que visava encerrar uma disputa judicial referente à eleição de Ednaldo. Contudo, a situação se tornar mais complexa com a decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro em dezembro de 2023, que acatou um pedido de ex-vice-presidentes da CBF, considerando o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado em 2022 como ilegal. Em tese, o TAC foi assinado para regularizar eleições que, segundo o MP, teriam ocorrido de maneira irregular em 2017, culminando na vitória de Ednaldo na nova eleição estimulada pelo acordo. A saga da CBF continua a se desdobrar, refletindo um contexto mais amplo de instabilidade e disputas dentro da administração do futebol brasileiro.

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