JUSTIÇA – Ex-policial militar nega fornecimento de arma no caso Marielle Franco e depoimento é suspenso no STF.



O ex-policial militar Robson Calixto Fonseca, também conhecido como Peixe, prestou depoimento nesta sexta-feira (25) no Supremo Tribunal Federal (STF) negando fornecer a arma usada no assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018, no Rio de Janeiro.

Calixto, que é ex-assessor do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão, afirmou categoricamente que nunca se encontrou com o também ex-policial Ronnie Lessa, responsável pelos disparos de arma de fogo contra a vereadora. Lessa, que é réu confesso, alegou que a arma do crime foi entregue por Calixto.

Durante o depoimento, o ex-policial militar refutou as acusações de Lessa, questionando como um matador de aluguel com mais de 100 vítimas no currículo precisaria pedir uma arma emprestada. Calixto ressaltou sua idade, 48 anos, e a preocupação em preservar a própria vida e a de sua família.

Além disso, Robson Calixto negou qualquer envolvimento com milícias e grilagem de terras na zona oeste do Rio de Janeiro, enfatizando que sempre foi um trabalhador honesto. O depoimento foi interrompido e será retomado na próxima terça-feira, sob a condução do desembargador Airton Vieira, auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.

No mesmo processo criminal do caso Marielle, são réus também os irmãos Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira. Todos estão detidos por determinação de Moraes, respondendo pelos crimes de homicídio e organização criminosa.

As investigações da Polícia Federal apontam que o assassinato da vereadora está ligado ao posicionamento político de Marielle em oposição aos interesses do grupo liderado pelos irmãos Brazão, com conexões em questões fundiárias em áreas controladas por milícias no Rio de Janeiro.

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