A pesquisa analisou os dados de 18 países que compõem o G20, além do Brasil, e de oito países convidados para participar de diálogos e discussões. O estudo foi baseado em metas estabelecidas pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, em oito temas que fazem parte da agenda do G20 Brasil 2024, incluindo segurança pública.
Ao analisar a segurança pública, foram considerados indicadores como a porcentagem da população que se sente segura ao andar à noite sozinha na região em que mora, e o número de homicídios por 100 mil habitantes. O Brasil apresentou um percentual de 48% e uma taxa de 22,38 homicídios por 100 mil pessoas em 2022, o que significa alcançar 34% na evolução das metas de segurança estipuladas pela ONU. Esse desempenho coloca o país em uma posição desvantajosa quando comparado com o restante dos países do G20.
Para Isaque Ouverney, gerente de Infraestrutura da Firjan, a sensação de segurança e a redução do número de homicídios são questões que se complementam. Ele destaca que a segurança pública é um fator de competitividade para a atração e retenção de indústrias e que regiões inseguras tendem a repelir investimentos. Ouverney enfatiza a importância da atuação integrada de todas as esferas de governo para enfrentar o desafio da segurança pública.
Apesar do desempenho insatisfatório em segurança pública, o Brasil se destaca positivamente no ranking de oportunidades de transição energética, ficando atrás apenas da Noruega. O país tem 87% de sua capacidade de geração elétrica composta por fontes renováveis e uma matriz energética diversificada, com destaque para os biocombustíveis, como o etanol.
O estudo tem como objetivo fornecer um panorama das áreas em que o Brasil tem se destacado e sido bem-sucedido, além de identificar áreas que necessitam de reflexão e avanços importantes. Também busca propor alternativas e compartilhar experiências de sucesso durante as reuniões de entidades participantes do G20 sob a presidência brasileira.
As conclusões da pesquisa da Firjan apontam para a necessidade de ações amplas, planejadas e integradas entre todas as esferas de governo para enfrentar o desafio da segurança pública e para a continuidade do avanço do Brasil no tema da transição energética.