Segundo informações da defesa, Chiquinho Brazão possui uma cardiopatia grave e já teve episódios de angina enquanto estava na prisão. Ele passou por um cateterismo e uma cirurgia para a instalação de um stent, dispositivo utilizado para restaurar o fluxo sanguíneo. Além disso, há o agravamento de sua pressão arterial, diabetes e insuficiência renal, resultando em uma perda de peso de mais de 20kg. Os advogados destacam que o risco de eventos cardíacos graves e até mesmo de morte é muito elevado.
Chiquinho Brazão foi preso no ano passado juntamente com seu irmão, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Ambos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República como mandantes do crime contra Marielle Franco, com base no depoimento do ex-policial Ronnie Lessa, executor confesso do assassinato. Mesmo preso, o deputado continua exercendo suas funções na Câmara dos Deputados, mantendo seu gabinete em funcionamento e recebendo salário normalmente.
Outro envolvido no caso, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, também está detido preventivamente há mais de um ano. Ele também solicitou sua liberdade recentemente, mas a PGR se posicionou contra a sua soltura. A decisão sobre a permanência na prisão dos réus cabe ao ministro Alexandre de Moraes, podendo as defesas recorrer à Primeira Turma do STF em caso de negativa.
É importante ressaltar que as investigações sobre o assassinato de Marielle Franco seguem em andamento e a busca pela verdade e pela justiça continua sendo uma prioridade para as autoridades responsáveis pelo caso. A liberdade dos envolvidos no crime é uma questão delicada que deve ser tratada com cautela, levando em consideração tanto os aspectos humanitários quanto a necessidade de garantir a segurança e a integridade da sociedade.