JUSTIÇA – Deputado Chiquinho Brazão pede soltura por problemas de saúde após um ano na prisão: risco de morte é alegado.



O deputado federal Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) está buscando sua liberdade após passar mais de um ano em uma penitenciária federal, acusado de ser o mentor do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. A defesa do parlamentar alega que sua saúde está em risco e solicita ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele seja colocado em regime domiciliar humanitário, com outras medidas cautelares.

Segundo informações da defesa, Chiquinho Brazão possui uma cardiopatia grave e já teve episódios de angina enquanto estava na prisão. Ele passou por um cateterismo e uma cirurgia para a instalação de um stent, dispositivo utilizado para restaurar o fluxo sanguíneo. Além disso, há o agravamento de sua pressão arterial, diabetes e insuficiência renal, resultando em uma perda de peso de mais de 20kg. Os advogados destacam que o risco de eventos cardíacos graves e até mesmo de morte é muito elevado.

Chiquinho Brazão foi preso no ano passado juntamente com seu irmão, Domingos Brazão, que é conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. Ambos foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República como mandantes do crime contra Marielle Franco, com base no depoimento do ex-policial Ronnie Lessa, executor confesso do assassinato. Mesmo preso, o deputado continua exercendo suas funções na Câmara dos Deputados, mantendo seu gabinete em funcionamento e recebendo salário normalmente.

Outro envolvido no caso, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Rivaldo Barbosa, também está detido preventivamente há mais de um ano. Ele também solicitou sua liberdade recentemente, mas a PGR se posicionou contra a sua soltura. A decisão sobre a permanência na prisão dos réus cabe ao ministro Alexandre de Moraes, podendo as defesas recorrer à Primeira Turma do STF em caso de negativa.

É importante ressaltar que as investigações sobre o assassinato de Marielle Franco seguem em andamento e a busca pela verdade e pela justiça continua sendo uma prioridade para as autoridades responsáveis pelo caso. A liberdade dos envolvidos no crime é uma questão delicada que deve ser tratada com cautela, levando em consideração tanto os aspectos humanitários quanto a necessidade de garantir a segurança e a integridade da sociedade.

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