JUSTIÇA – Delgatti, um dos hackers suspeitos do caso “Vaza Jato”, invoca o direito ao silêncio durante sua participação na CPMI.

O hacker Walter Delgatti solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) o direito de permanecer em silêncio durante seu depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos Golpistas de 8 de janeiro, marcado para esta quinta-feira (17). Em um habeas corpus preventivo apresentado ao STF, a defesa de Delgatti argumenta que ele deve ter o direito ao “silêncio absoluto” e que deve ser permitido que ele deixe a comissão se enfrentar constrangimentos ou ameaças.

Delgatti foi recentemente preso pela Polícia Federal sob acusação de invadir os sistemas eletrônicos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A PF está investigando se essa ação foi realizada a mando da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e se o hacker emitiu um falso mandado de prisão contra o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Antes de prestar depoimento na CPMI, Delgatti foi ouvido pela PF em Brasília. Ele estava sob custódia em Araraquara (SP) e foi transferido para a capital federal para ser interrogado sobre seu suposto envolvimento nos ataques virtuais ao Poder Judiciário.

É importante ressaltar que a solicitação de Walter Delgatti para permanecer em silêncio durante o depoimento não é incomum em investigações criminais. O direito ao silêncio é garantido pela Constituição Federal e geralmente é exercido por réus e investigados para evitar que possam se autoincriminar. No entanto, cabe à CPMI avaliar a validade do pedido e decidir se será permitido que Delgatti permaneça em silêncio durante o interrogatório.

A defesa do hacker argumenta que ele pode sofrer constrangimentos ou ameaças durante o depoimento e, portanto, deve ser autorizado a deixar a comissão nessas situações. A CPMI também deverá considerar essa solicitação antes de iniciar o interrogatório.

Todas essas questões serão discutidas no depoimento de Walter Delgatti na CPMI dos Atos Golpistas de 8 de janeiro. O objetivo da comissão é investigar as supostas ações de hackers que invadiram sistemas de órgãos públicos, incluindo o Conselho Nacional de Justiça, e apurar se houve participação de parlamentares ou grupos políticos nessas atividades.

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