Durante o julgamento, os ministros da Primeira Turma decidirão se os acusados se tornarão réus no processo. O ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, e Ronald Paulo de Alves Pereira, conhecido como Major Ronald, também estão entre os acusados presos e que aguardam a decisão do STF. Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, foi denunciado apenas por organização criminosa, por ter fornecido a arma do crime.
A denúncia da PGR aponta que o assassinato de Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018, teve motivações ligadas a interesses econômicos de milícias e para desencorajar a oposição política. Durante as sustentações feitas pelos advogados dos acusados, foram apontadas falhas nas acusações e questionada a credibilidade das declarações de Ronnie Lessa, um dos delatores do caso.
Marcelo Ferreira de Souza, advogado de Rivaldo Barbosa, ressaltou que as acusações contra seu cliente baseiam-se apenas nas declarações de Lessa e que não há provas concretas. Da mesma forma, a defesa de Chiquinho Brazão negou qualquer animosidade entre o político e Marielle Franco, questionando a veracidade das declarações do delator.
A defesa de Major Ronald alegou que o militar não estava envolvido no monitoramento da vereadora no momento do assassinato e que as informações de Lessa não foram devidamente verificadas. Já a defesa de Domingos Brazão afirmou que as acusações carecem de provas concretas e que não há ligação dos fatos com o atual mandato de Chiquinho Brazão na Câmara.
O julgamento continua em andamento, com a fase de votação prevista para os próximos dias. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, juntamente com os demais ministros da Primeira Turma, irão proferir seus votos e decidir se os acusados se tornarão réus no processo do assassinato de Marielle Franco.