A situação ganhou destaque após o ministro Alexandre de Moraes solicitar esclarecimentos sobre o episódio. Isso ocorreu quando a Polícia Penal do Paraná notificou que o sinal de GPS da tornozeleira de Martins ficou inoperante por aproximadamente uma hora no dia 23 de outubro, entre 17h50 e 18h53. Essa é uma questão de relevância, uma vez que Martins é réu no Núcleo 2 do processo relacionado a um suposto golpe de Estado que teria sido planejado durante o governo Bolsonaro. Ele responde ao processo em liberdade, submetido a monitoramento eletrônico.
Em sua defesa, o advogado Jeffrey Chiquini sustentou que a falha na geolocalização não durou uma hora, mas apenas dois minutos, um ponto que contraria a informação registrada pela Polícia Penal. Chiquini destacou que o ex-assessor estava em seu domicílio no momento da interrupção do sinal, antes mesmo do início do horário de recolhimento domiciliar. A defesa enfatizou que não há evidências de que Martins tenha se deslocado ou tentado violar as condições impostas pelo monitoramento.
Além disso, Filipe Martins foi apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como um dos responsáveis pela elaboração de uma minuta que previa um golpe de Estado durante o final do mandato de Bolsonaro. Ele, juntamente com outros réus do Núcleo 2, deve ser julgado pela Primeira Turma do STF a partir do dia 9 de dezembro.
A expectativa em torno desse julgamento é alta, dada a gravidade das acusações e a relevância do caso para a política brasileira contemporânea. O desenrolar das providências e decisões judiciais a respeito do monitoramento eletrônico de Martins e sua implicação nas ações de combate às tentativas de desestabilização do governo em exercício são, sem dúvida, aspectos que continuarão a gerar discussões acaloradas no cenário político.
 
  
 








