JUSTIÇA – Defesa de Bolsonaro solicita suspensão de audiências no STF antes de acesso completo às provas do processo sobre trama golpista contra Lula.



A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro solicitou, nesta terça-feira, ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a suspensão das audiências de testemunhas no processo que investiga uma suposta trama golpista. O objetivo desta manobra, segundo os advogados, é proteger o direito à ampla defesa em um caso que envolve questões delicadas relacionadas à democracia brasileira. Essa trama teria como objetivo impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em seu terceiro mandato como presidente.

O início do interrogatório das testemunhas de acusação está previsto para a próxima segunda-feira. Estão agendados os depoimentos do ex-comandante do Exército Freire Gomes e do ex-comandante da Aeronáutica, Batista Júnior. A defesa, no entanto, argumenta que ainda não teve acesso completo às provas do caso, uma vez que Moraes determinou que a Polícia Federal fornecesse todo o material pertinente. Os advogados de Bolsonaro pedem mais tempo para analisar essas evidências e preparar sua estratégia de defesa adequadamente.

Em um manifesto, a defesa expressou preocupações de que iniciar o processo sem um reconhecimento pleno das provas inviabilizaria qualquer possibilidade de apresentar alternativas ou refutações à acusação. Esses advogados afirmam que tal situação prejudica o direito à defesa e pode levar a um julgamento que não considere todas as circunstâncias relevantes. A declaração destaca a importância do princípio do contraditório, essencial em um Estado de Direito.

Os depoimentos mais significativos estão agendados para o dia 30 deste mês, incluindo os de figuras políticas importantes como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o deputado federal e ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, todos indicados por Bolsonaro. Esse processo vem à tona em um momento em que Bolsonaro e outros sete acusados já enfrentam uma ação penal no STF, respondendo por crimes graves, como organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e danos qualificados.

O desdobramento deste processo é aguardado com expectativa, tanto pelo cenário jurídico nacional quanto pela opinião pública, já que envolve figuras centrais da política brasileira e questões que afetam a sustentabilidade da democracia no país.

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