Justiça de Minas Gerais nega bloqueio de bens de empresário que confessou assassinato após briga de trânsito em Belo Horizonte.

A Justiça de Minas Gerais proferiu uma decisão que rejeita o pedido do Ministério Público Estadual de bloquear até R$ 3 milhões em bens do empresário Renê da Silva Nogueira Júnior e de sua esposa, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira. O caso ganhou notoriedade após Renê admitir ter assassinado o gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, em uma briga de trânsito ocorrida em Belo Horizonte no dia 11 deste mês.

O bloqueio solicitado visava garantir uma eventual indenização aos familiares da vítima. Esse pedido, formulado pela defesa do gari, abrangia imóveis, veículos, ativos financeiros e participações societárias do casal. Entretanto, a juíza Ana Carolina Rauen Lopes de Souza, responsável pelo julgamento, fundamentou sua decisão afirmando que ainda se trata de uma fase inicial de investigação, onde medidas cautelares como o bloqueio de bens não se justificariam neste momento.

O promotor Guilherme de Sá Meneghin, que está à frente do processo, argumentou a favor da responsabilização solidária do empresário e de sua esposa, ressaltando que a arma utilizada no crime pertencia à delegada Ana Paula. Essa ligação direta entre o crime e os bens da família acentuava a necessidade de se garantir uma eventual reparação para os parentes do gari, especialmente considerando que várias testemunhas identificaram Renê como o autor dos disparos que culminaram na tragédia.

Além de indeferir o pedido de bloqueio, a magistrada também negou outras solicitações relevantes para o andamento do caso. Entre estas, destaca-se a participação do município de Belo Horizonte e do sindicato dos trabalhadores da limpeza no inquérito, bem como a pretensão da família da vítima de atuar como assistente de acusação durante o processo. Essas decisões geram discussões sobre os direitos das vítimas e as medidas de proteção que devem ser asseguradas em casos tão dramáticos, levantando questões sobre a efetividade da justiça no tratamento de crimes violentos.

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