Justiça concede liberdade provisória a jogadoras do River Plate envolvidas em caso de injúria racial na Ladies Cup. Medidas cautelares são determinadas.

Quatro jogadoras do River Plate foram liberadas pela Justiça paulista após envolvimento em um caso de injúria racial durante a Ladies Cup, onde a equipe argentina enfrentou o Grêmio e saiu derrotada. Candela Díaz, Camila Duarte, Juana Cangaro e Milagros Díaz foram presas em flagrante após uma delas imitar um macaco na direção de um gandula, em meio a uma confusão entre as jogadoras dos dois times ao final do jogo.

A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo estabeleceu que as atletas terão que comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades. Além disso, não poderão mudar de endereço sem comunicar previamente à Justiça e deverão realizar um depósito de R$ 25 mil para indenizar as jogadoras brasileiras agredidas.

Após as ofensas racistas no Estádio Canindé, em São Paulo, as jogadoras argentinas foram levadas para a 6ª Delegacia de Polícia. Inicialmente, a prisão em flagrante foi mantida devido à falta de vínculo das atletas com o Brasil, conforme relatado pela advogada Thaís Sankari.

No entanto, no sábado seguinte, as prisões foram convertidas em preventivas e as jogadoras foram encaminhadas para a Penitenciária do Carandiru. O pedido de habeas corpus foi negado posteriormente. A defesa não comentou a concessão da liberdade provisória das jogadoras.

O River Plate foi desclassificado do torneio e o Grêmio foi declarado vencedor da partida. Além disso, o time argentino está proibido de participar das duas próximas edições da competição. A atitude racista das jogadoras gerou repercussão internacional e levou a organização do torneio a tomar essas medidas severas.

A concessão da liberdade provisória das jogadoras do River Plate encerra mais um capítulo desse lamentável episódio de racismo no futebol, reforçando a importância de combater e punir qualquer tipo de discriminação dentro e fora dos campos. O processo legal continua a se desenrolar, com a expectativa de que a justiça seja feita e que casos como esse não se repitam.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo