Marcelo Malucelli, é acusado de descumprir uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), ao suspender decisões de Eduardo Appio, ex-juiz da Lava Jato, relacionadas ao advogado Rodrigo Tacla Duran, réu em um dos processos da Operação Lava Jato. O fato levantou questões sobre a conduta do desembargador, principalmente por sua possível ligação com a família do senador Sergio Moro, o que poderia trazer conflitos de interesse para o caso em questão.
A sessão virtual, que teve início na última segunda-feira (24), contou com o voto do relator do caso, ministro Luis Felipe Salomão, que foi favorável à abertura do processo disciplinar. Contudo, após esse voto, o processo foi retirado da pauta e ainda não há previsão para a retomada do julgamento. A defesa de Marcelo Malucelli, por sua vez, afirmou ao CNJ que o magistrado nunca atuou ilegalmente em qualquer processo, incluindo os da Lava Jato.
As acusações feitas por Rodrigo Tacla Duran, de que teria sido vítima de perseguição ao se recusar a ser extorquido durante o processo, trouxeram ainda mais polêmica ao caso. Duran alegou que foi abordado por pessoas ligados à família do senador Sergio Moro, incluindo um advogado ligado à esposa de Moro, que teriam oferecido um acordo de delação premiada durante as investigações. O senador Moro, por sua vez, negou as acusações e afirmou não temer qualquer investigação.
Enquanto aguardamos o desfecho desse julgamento, a repercussão dessas acusações traz à tona a importância da transparência e da ética no sistema judiciário, bem como a necessidade de investigações claras e imparciais em casos tão delicados como este. O desenrolar desse processo certamente terá um impacto significativo no cenário jurídico brasileiro.