Durante a cerimônia de assinatura do acordo, o presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, destacou dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública que indicam um aumento nos registros de estupros entre 2017 e 2022, passando de 2,9 mil para 4 mil casos. Além disso, a Ilha do Marajó apresenta um preocupante número de 43,5 mil registros de violência doméstica.
O ministro ressaltou a gravidade desses números e a necessidade de aprimorar políticas públicas para combater todas as formas de violência, protegendo os direitos constitucionais das mulheres e crianças. Por sua vez, o governador do Pará, Helder Barbalho, reiterou o compromisso do estado em proteger as mulheres e meninas, prometendo implementar medidas para fortalecer a rede de assistência e combate aos crimes sexuais, tráfico de pessoas e exploração infantil.
Barbalho enfatizou a vulnerabilidade das crianças da região, muitas vezes deixadas sob os cuidados de vizinhos ou irmãos mais velhos devido à busca dos pais por emprego e renda. A cooperação entre o CNJ, governo estadual e Judiciário se mostra essencial para enfrentar esse cenário alarmante de violência na Ilha do Marajó e promover um ambiente mais seguro e protetivo para as mulheres e crianças da região.