JUSTIÇA – “Celsinho da Vila Vintém é denunciado pelo MPRJ por tráfico e prisão preventiva decretada em operação contra poder criminoso no Rio de Janeiro.”



O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) formalizou a denúncia contra Celso Luiz Rodrigues, de 64 anos, conhecido no meio criminoso como Celsinho da Vila Vintém. O réu é acusado de tráfico de drogas e associação para o tráfico. A Justiça, por sua vez, acatou a denúncia apresentada e decretou a prisão preventiva de Celsinho, que já possui um extenso histórico criminal.

De acordo com os autos, Celsinho teria reativado sua colaboração com o Comando Vermelho, uma das facções de maior notoriedade no estado, após um período de afastamento. O objetivo dessa reintegração, conforme apurado durante as investigações, seria retomar o controle de comunidades que haviam sido anteriormente dominadas por milicianos. Os promotores sustentam que ele teve envolvimento diretamente com um grupo paramilitar, negociando a “compra” do controle da Vila Sapê, localizada em Curicica.

Esse movimento representa uma tentativa de reestabelecer a supremacia do Comando Vermelho em áreas estratégicas do Rio de Janeiro, refletindo um pacto entre a facção e milícias locais, bem como membros da facção Amigos dos Amigos (ADA). Esse acordo visa principalmente reconquistar territórios que foram perdidos para os grupos armados, especialmente na região de Santa Cruz, que tem sido um ponto crítico no combate ao crime organizado.

Celsinho foi detido em maio de 2025 durante uma grande operação policial, que também resultou na denúncia de outros envolvidos. Entre eles, está o miliciano André Costa Barros, conhecido como Boto, atualmente em custódia, e Edgar Alves de Andrade, popularmente chamado de Doca ou Urso, que permanece foragido.

É importante destacar que Celsinho tem um passado criminal significativo, tendo fundado a facção Amigos dos Amigos (ADA) e controlado o tráfico em diversas comunidades da zona oeste do Rio de Janeiro. Ele já cumpriu mais de 30 anos de pena por crimes relacionados ao tráfico, associação criminosa e homicídios antes de ser liberado em 2022, após cumprir duas décadas de encarceramento. A nova acusação agora coloca sua liberdade em risco, enquanto a Justiça avalia as evidências e as implicações de suas ações no cenário criminal carioca.

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