Durante seu depoimento, Bolsonaro assegurou que não estabeleceu contato com autoridades do governo dos Estados Unidos com o intuito de discutir sanções. “As ações realizadas por Eduardo são independentes e feitas por conta própria”, declarou o ex-mandatário, enfatizando que não influencia ou orienta as atividades do filho fora do Brasil. Além disso, Bolsonaro ressaltou que os Estados Unidos não aplicariam sanções com base em pressões de terceiros.
A investigação levanta questões sobre a relação entre pai e filho, principalmente pelo papel proeminente de Eduardo no cenário político e sua recente decisão de se afastar do mandato por 122 dias, período em que reside nos Estados Unidos. Aparentemente, Moraes acredita que Bolsonaro deve esclarecer sua posição, uma vez que foi ele quem admitiu arcar com as despesas do filho no exterior.
Bolsonaro confirmou, na mesma audiência, que transferiu R$ 2 milhões para cobrir os gastos de Eduardo. O ex-presidente explicou que os recursos vieram de doações realizadas por apoiadores, através de transferências via Pix em 2023, totalizando R$ 17 milhões recebidos durante um certo período.
Após o indiciamento, Eduardo Bolsonaro qualificou o pedido de investigação como “injusto e desesperado”, argumentando que tal medida retrata um cenário de exceção no Brasil, onde a atuação do Judiciário é condicionada ao perfil do cidadão que busca justiça.
Com desdobramentos que envolvem acusações sérias e o alcance da influência política, o caso promete seguir em evidência, destacando tensões entre o governo e o Judiciário em um momento delicado para a democracia brasileira.