Segundo a Anatel, uma atualização operacional realizada pela rede social permitiu trocar o endereço eletrônico bloqueado e hospedá-lo nos servidores da Cloudflare, empresa especializada em segurança de sites. Esse novo método tornou os mecanismos de bloqueio ineficazes, possibilitando o acesso à plataforma sem a necessidade de aplicativos de VPN.
A Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) destacou que a nova estrutura adotada pela rede X, baseada na Cloudflare, compartilha IPs com outros serviços legítimos, dificultando a possibilidade de bloqueio. A Anatel afirmou que a conduta da rede X em burlar a suspensão judicial é considerada uma violação grave e que medidas cabíveis serão tomadas para garantir o cumprimento da decisão do STF.
A suspensão da rede social X foi motivada pelo descumprimento de decisões judiciais, incluindo a falta de um representante legal no Brasil, conforme previsto pelo Código Civil brasileiro. Além disso, a mensagem divulgada pela plataforma incitando o ódio contra o STF agravou a situação, levando ao bloqueio determinado por Moraes.
Controlada pelo empresário bilionário Elon Musk, a rede social X enfrenta atritos com autoridades de diversos países, incluindo o Brasil, Austrália, Índia e Turquia. Musk, investigado no inquérito das milícias digitais no STF, já se envolveu em polêmicas relacionadas à liberdade de expressão e ao cumprimento de decisões judiciais em diferentes jurisdições. A saga da rede social X continua a atrair atenção internacional devido às controvérsias envolvendo seu funcionamento e impacto em várias sociedades.
