O pedido ocorreu após Olsen solicitar a dispensa de seu depoimento, programado para o dia 23. Em sua justificativa, o almirante atual declarou que não tem conhecimento dos fatos em questão e, portanto, não se considera apto a depor.
A defesa de Garnier argumenta que a presença de Olsen é crucial para elucidar possíveis interações ou discussões internas sobre operações militares que poderiam ter sido planejadas durante o governo anterior. Eles afirmam que o testemunho do atual comandante é “absolutamente essencial” para compreender a extensão das movimentações de tropas e qualquer preparação para um eventual estado de sítio ou uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) no final de 2022.
De acordo com as investigações, Garnier é um dos réus do núcleo principal da suposta trama golpista e, segundo os relatos, ele teria oferecido a estrutura da Marinha em apoio a um movimento que visava contornar a normalidade institucional. A defesa enfatiza a importância das declarações de Olsen, alegando que sua contribuição pode fornecer uma visão mais clara sobre as decisões tomadas na Marinha nesse período conturbado.
A questão agora está nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, que atua como relator do caso no STF. Sua decisão sobre a convocação de Olsen poderá ter impactos significativos na continuidade do processo e no esclarecimento dos acontecimentos que cercaram as tensões políticas de 2022. A expectativa é alta, tanto no meio jurídico quanto na sociedade, sobre como a corte irá proceder em relação a essa demanda. As repercussões deste caso e as revelações que podem surgir do depoimento ainda prometem desdobramentos importantes no cenário político brasileiro.
