JUSTIÇA – Alerj aprova concessão da Medalha Tiradentes post mortem à Eunice Paiva, viúva de Rubens Paiva, vítima da ditadura militar.



Nesta quinta-feira (13), a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou por unanimidade a concessão da Medalha Tiradentes, a mais alta honraria concedida pelo parlamento fluminense, à advogada Eunice Paiva, viúva do engenheiro e ex-deputado Rubens Paiva, que foi desaparecido e morto durante a ditadura militar. Esta honraria póstuma simboliza o reconhecimento da trajetória de Eunice, considerada um ícone na luta pela democracia no Brasil.

A advogada, cuja vida e luta são retratadas no filme “Ainda Estou Aqui”, foi fundamental na busca por informações sobre o paradeiro de seu marido e sempre esteve engajada em causas sociais e políticas, sobretudo na defesa dos direitos humanos e dos povos indígenas. Eunice Paiva viveu entre os anos de 1929 e 2018, deixando um legado de coragem e resistência.

O filme “Ainda Estou Aqui” recebeu inúmeras premiações, incluindo o Oscar de melhor filme estrangeiro em 2025, bem como indicações em categorias como melhor filme e melhor atriz para Fernanda Torres, que interpreta Eunice Paiva na produção. O reconhecimento da crítica e do público só reforça a importância e relevância da história de Eunice para a sociedade brasileira.

A proposta de conceder a Medalha Tiradentes a Eunice Paiva foi feita pela deputada estadual Dani Monteiro, do PSOL, que destacou a importância não apenas da homenagem em si, mas do compromisso com a memória e a verdade histórica. Em nota à imprensa, a parlamentar ressaltou a necessidade de rejeitar qualquer tentativa de reescrever a história para minimizar os crimes e atrocidades cometidas durante a ditadura militar, reafirmando o compromisso com a democracia e os direitos humanos.

A deputada ainda enfatizou que a defesa da ditadura é uma tática utilizada por indivíduos com interesses duvidosos, que buscam justificar a violência, a censura e a repressão em regimes autoritários. O lema “Ditadura nunca mais!” ecoou na nota da deputada, reforçando a importância de manter viva a memória das vítimas e resistir a qualquer forma de autoritarismo.

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