JUSTIÇA – AGU solicita celeridade ao STF para julgamento sobre responsabilização de redes sociais por conteúdos ilegais postados pelos usuários.

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta sexta-feira (7) que seja dada prioridade à retomada do julgamento que trata da responsabilização das redes sociais pelos conteúdos ilegais postados por usuários. O julgamento havia sido suspenso em dezembro do ano passado devido a um pedido de vista do ministro André Mendonça e ainda não há uma data definida para sua continuidade.

Em petição enviada ao STF, a AGU argumentou que a questão deve ser tratada com urgência diante das novas regras anunciadas pela Meta, empresa controladora do Instagram, Facebook e WhatsApp, que podem flexibilizar o combate aos discursos de ódio. De acordo com a AGU, as alterações nos termos de uso das plataformas permitiriam a disseminação de mensagens com teor racista, xenofóbico, misógino e homofóbico, violando princípios e soluções estabelecidas pela Suprema Corte.

Além disso, a AGU solicitou ao STF a inclusão do documento com as contribuições recebidas durante a audiência pública realizada em janeiro deste ano para discutir a proteção dos direitos fundamentais nas redes sociais.

O julgamento em questão envolve dois processos que abordam a constitucionalidade do Artigo 19 do Marco Civil da Internet. Em uma das ações, relatada pelo ministro Dias Toffoli, o tribunal debate a exigência de ordem judicial prévia para responsabilização dos provedores por atos ilícitos, com destaque para um recurso do Facebook contra uma decisão que o condenou por danos morais. Já no processo relatado pelo ministro Luiz Fux, discute-se se as empresas que hospedam sites na internet devem fiscalizar conteúdos ofensivos e removê-los sem intervenção judicial, com um recurso apresentado pelo Google.

Até o momento, três votos já foram proferidos nesse julgamento. A expectativa é de que a retomada do processo seja definida em breve, dada a relevância do tema e suas implicações no cenário digital atual.

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