De acordo com o procurador-geral da República, Paulo Gonet, Braga Netto desempenhou um papel central no complô. Segundo a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, o ex-ministro teria fornecido dinheiro para financiar o plano de golpe e até mesmo organizou uma reunião em sua própria residência para discutir o planejamento.
Um dos principais argumentos apresentados no pedido de suspeição de Moraes é que o ministro seria um alvo direto do complô, o que poderia comprometer a imparcialidade do julgamento. O requerimento será avaliado pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso, que terá a decisão final sobre a redistribuição do processo. Caso haja uma negativa, existe a possibilidade de recurso para um julgamento colegiado.
A participação de cada um dos acusados na suposta trama golpista foi detalhada na denúncia apresentada pela PGR, e a investigação continua em andamento para esclarecer todos os detalhes do caso. A solicitação de suspeição de um ministro da Suprema Corte em um processo de tamanha gravidade demonstra a complexidade e a sensibilidade do caso, que envolve figuras de destaque na política nacional. O desfecho desse processo terá impacto não apenas no futuro dos acusados, mas também na preservação da democracia e do Estado de Direito no Brasil.