Até o momento, o tribunal contabiliza 6 votos a favor da aceitação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Zambelli. O caso em questão envolve um episódio em que a deputada sacou uma arma de fogo e perseguiu o jornalista Luan Araújo, durante o segundo turno das eleições de 2022. A perseguição teve início após uma troca de provocações entre Zambelli e Araújo durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.
O julgamento continua em andamento para a tomada dos demais votos. A análise está ocorrendo no plenário virtual do STF, onde os ministros inserem os votos em um sistema eletrônico, sem a necessidade de deliberação presencial. A sessão virtual está programada para se estender até o dia 21 de agosto. O STF é composto por um total de onze ministros.
Até o momento, votaram a favor da aceitação da denúncia o relator do caso, Gilmar Mendes, e os ministros Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Edson Fachin, Cristiano Zanin e Luís Roberto Barroso. Já o ministro André Mendonça votou pelo envio das acusações para a primeira instância da Justiça.
Os ministros seguem o voto proferido por Gilmar Mendes. O relator considerou que existem indícios suficientes para a abertura da ação penal contra Carla Zambelli. Mendes destacou que mesmo que a deputada tenha porte de arma, o uso inadequado em um contexto público e ostensivo, especialmente às vésperas das eleições, pode representar responsabilidade penal.
A defesa de Carla Zambelli informou à Agência Brasil que irá aguardar a finalização do julgamento para se pronunciar sobre o assunto.