Juros futuros oscilam na expectativa de corte de gastos e compromisso fiscal, com taxa do DI para 2026 encerrando em 14,09%.



Os juros futuros encerraram o pregão em alta nos vencimentos mais curtos e próximos da estabilidade nos intermediários, enquanto os mais longos apresentaram queda. A expectativa de uma tramitação acelerada dos projetos de corte de gastos no Congresso e a nova postura do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em relação à responsabilidade fiscal aliviaram a curva no início da tarde. As taxas chegaram a cair após essas sinalizações, mas os trechos curto e intermediário voltaram a oscilar em alta moderada.

No mercado financeiro, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 fechou em 14,09%, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2027 passou de 14,32% para 14,31%. Já o DI para janeiro de 2029 terminou com uma taxa de 14,07%. O comportamento das taxas ao longo do dia foi diretamente influenciado pelas notícias relacionadas à política fiscal.

Pela manhã, os juros subiram devido à frustração com a não votação dos requerimentos de urgência para dois dos projetos do pacote de cortes de gastos na Câmara. No entanto, as declarações de Haddad e do presidente da Câmara, Arthur Lira, ao longo do dia trouxeram alívio aos juros longos. Haddad reforçou a necessidade de cortar gastos para reduzir os juros, enquanto Lira garantiu que o Congresso conseguirá votar o pacote ainda este ano.

Além disso, a apuração de que a PEC de contenção de gastos será apensada a uma outra PEC em tramitação mais avançada e poderá ser votada diretamente no plenário da Câmara foi bem recebida pelo mercado. No entanto, as projeções de aumento da taxa Selic nos próximos meses, com revisões das estimativas do BNP Paribas e da XP, mantiveram a oscilação das taxas ao longo do dia.

Mesmo com a queda de 0,2% na produção industrial em outubro, o movimento da curva não foi impactado, já que a leitura é de uma atividade consistente no quarto trimestre. O mercado continua monitorando as notícias relacionadas à política fiscal e espera por novas informações que possam influenciar a trajetória dos juros futuros.

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