Os rendimentos dos Treasuries encerraram o dia em alta, impulsionados por dados de atividade surpreendentes nos Estados Unidos, embora o mercado ainda mantenha a confiança no corte de juros de 0,5 ponto percentual pelo Fed. As apostas para a reunião do Copom também se consolidaram, com expectativa de um aumento de 0,25 ponto.
O contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 fechou a 10,945%, enquanto o DI para janeiro de 2026 encerrou em 11,78%. Já o DI para janeiro de 2027 terminou com taxa de 11,81% e o DI para janeiro de 2029 permaneceu estável em 11,96%.
No mercado de renda fixa, o ambiente internacional foi o principal impulsionador das negociações. As taxas iniciaram o dia de forma estável, mas avançaram durante a manhã seguindo a curva dos Treasuries, que reagiu a dados econômicos dos EUA e a um leilão de títulos com demanda abaixo do esperado. No final do dia, o yield da T-Note de dez anos estava em 3,645%.
Mesmo com a pressão na curva americana, as taxas locais perderam força à tarde, coincidindo com a queda do dólar para R$ 5,48. O dólar encerrou o dia em R$ 5,4882, um nível mais baixo do que em reuniões anteriores do Copom.
A expectativa de aumento na taxa de juros pelo Copom é impulsionada não apenas pelos indicadores econômicos, mas também pelo cenário fiscal desfavorável, que vem se deteriorando. Economistas como Helena Veronese acreditam que um aumento de 0,25 ponto já seria suficiente, mas a comunicação difusa do Banco Central tem levado a expectativas de um aumento maior para fortalecer a credibilidade da instituição.
É importante ressaltar que a decisão do Copom também levará em consideração o cenário fiscal, que possui impacto direto na taxa de juros e na economia como um todo. A decisão de amanhã deve ser tomada visando uma transição suave e dando tempo para os agentes econômicos se adaptarem às mudanças.