Juiz Federal aponta existência de grupo criminoso na Receita Federal em investigação contra servidores desafetos. Ministério Público Federal deve opinar.



A polêmica envolvendo a Receita Federal ganhou destaque nos últimos dias após o juiz federal José Arthur Diniz Borges apontar a existência de um “grupo criminoso” dentro do órgão que utiliza acessos privilegiados para instaurar processos disciplinares contra servidores desafetos. A Receita Federal solicitou o compartilhamento do processo judicial que trata do caso e de documentos sigilosos, aguardando a manifestação do Ministério Público Federal (MPF) sobre o assunto.

De acordo com a decisão proferida por Borges, dois auditores da Receita foram vítimas desse esquema criminoso, que utilizava senhas invisíveis para realizar buscas anônimas no sistema da Receita e enviar cartas anônimas com o objetivo de prejudicar os servidores alvos do grupo. A Corregedoria da Receita, diante das denúncias feitas pelo juiz, tomou providências para investigar e combater essa prática ilegal.

O caso chama atenção pela gravidade das acusações e pela repercussão que teve. Além disso, a tese de que funcionários da Receita utilizavam senhas invisíveis para pesquisas ilegais foi mencionada por Flávio Bolsonaro durante as investigações sobre as rachadinhas. O tema também foi discutido em uma reunião no Palácio do Planalto envolvendo autoridades e advogados em 2020, conforme revelado por uma coluna jornalística.

A investigação sobre as irregularidades na Receita Federal mostra a importância de combater práticas ilegais e garantir a integridade e transparência nas instituições públicas. A manifestação do MPF sobre o compartilhamento do processo judicial será fundamental para o desenrolar desse caso e para a tomada de medidas cabíveis em relação ao suposto “grupo criminoso” dentro do órgão. A sociedade aguarda por esclarecimentos e por medidas que garantam a lisura e a ética no serviço público.

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