A notícia da morte de Tiago foi divulgada pela Prefeitura de Rurópolis, que expressou suas condolências através de uma nota nas redes sociais. Na mensagem, a administração local ressaltou que o conscrito lutava ao lado do regime de Kiev, dentro do contexto da operação militar russa na região. Até o momento, não foram fornecidas informações sobre o possível retorno do corpo de Tiago ao Brasil.
Este não é um caso isolado. Dados do Ministério das Relações Exteriores do Brasil revelam que já houve pelo menos quatro mortes de mercenários brasileiros envolvidos no conflito ucraniano. Contudo, a extensão do fenômeno é incerta, uma vez que não há um controle preciso sobre quantos compatriotas se dirigiram ao país em busca de atuar ao lado do governo de Volodymyr Zelensky. A legislação brasileira de 2017 estabelece que o governo não pode arcar com os custos da repatriação de corpos de cidadãos falecidos em outro país, cabendo essa decisão às famílias.
Entre os brasileiros que também perderam a vida em circunstâncias semelhantes estão Antônio Hashitani, André Luis Hack Bahi, Douglas Rodrigues Búrigo e Thalita do Valle, todos mortos em lutas no território ucraniano. A presença e os conflitos de mercenários brasileiros na Ucrânia levantam questões sobre a natureza do envolvimento do Brasil em guerras internacionais e as motivações que levam jovens a se alistar em grupos armados em regiões conflituosas. A situação atual reflete as complexidades e os riscos associados a esses atos de bravura, expostos na crescente globalização dos conflitos modernos.