Jovem é presa por extorsão digital após transformar fofocas em renda em redes sociais e expor moradores de cidade mineira.

Jovem é presa por extorsão digital em operação policial

Anielly Mariana Sousa Silva, uma jovem de 21 anos, foi detida durante a recente Operação Maledicta Bocca, conduzida pela Polícia Civil em resposta a atividades de extorsão digital. A investigação revelou que Anielly utilizava suas redes sociais para publicar fofocas sobre moradores de Conceição das Alagoas e Uberaba, no Triângulo Mineiro, cobrando valores para a remoção dessas postagens.

A prática, que começou entre maio e junho deste ano, tornou-se a principal fonte de renda da jovem, que expunha questões sensíveis, como traições e dívidas de pessoas, além de alegações de maus-tratos a crianças e o impacto negativo sobre a saúde mental de uma mulher que havia perdido recentemente o companheiro. Com pelo menos dez boletins de ocorrência já registrados contra ela por crimes contra a honra, a Polícia Civil identificou três vítimas até o momento, mas a investigação continua, buscando outros possíveis afetados e avaliando o total arrecadado com suas ações.

De acordo com o delegado Bruno Vinícius, Anielly não tinha um critério fixo para os valores cobrados, estabelecendo negociações diretas com as vítimas. Há informações de que, em um caso, ela chegou a lucrar R$ 500 de uma mulher, enquanto em outra situação o valor foi de R$ 200. O delegado ressaltou que, à medida que Anielly se mudou para Uberaba, o engajamento em sua página aumentou, expressando um crescimento significativo no número de seguidores e na frequência das postagens.

Entretanto, a trajetória de Anielly não foi tranquila. Moradores de Conceição das Alagoas reagiram com hostilidade a suas publicações, resultando em agressões físicas que a levaram a deixar a cidade natal e se estabelecer em Uberaba.

Após uma meticulosa investigação que durou cerca de 50 dias e envolveu a análise de mais de 12 mil páginas de conteúdo digital, a prisão de Anielly foi realizada, acompanhada por ordens judiciais que incluíam o bloqueio de suas contas bancárias e a suspensão de sua página nas redes sociais. O delegado enfatizou que a internet deve ser um espaço seguro e que ações criminosas não serão toleradas.

A Polícia Civil agora orienta todas as pessoas que se sentirem prejudicadas por Anielly a procurarem a polícia para registrar um Boletim de Ocorrência, a fim de que os devidos processos legais sejam instaurados. Atualmente, a jovem permanece detida na Penitenciária Professor Aloisio Inácio Oliveira, em Uberaba, enquanto as investigações prosseguem.

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