Aos 86 anos, José Carlos Maranhão se destaca como o usineiro em atividade mais longevo do Brasil. Ele é o diretor-superintendente do Grupo Santo Antônio, que possui a Usina Santo Antônio, em São Luís do Quitunde, e a Usina Camaragibe, em Matriz de Camaragibe. A condecoração foi proposta pela Fiea e ressalta a dedicação de Maranhão ao setor sucroenergético, que desempenha um papel fundamental na economia do estado de Alagoas. José Carlos Lyra de Andrade, presidente da Fiea, enfatizou que Maranhão é um símbolo de resistência e empreendedorismo, destacando sua relevância entre os grandes nomes já premiados com essa honraria.
O legado de Maranhão se estende além da sua atuação nas usinas. Ele foi uma voz ativa na defesa do etanol brasileiro em contextos internacionais e também foi o primeiro presidente da Associação Nacional dos Produtores de Álcool (Anapa), uma instituição precursor do Proálcool, programa crucial para o setor. Emocionado, Maranhão expressou sua gratidão, lembrando dos mais de 60 anos dedicados à indústria da cana: “Ser reconhecido por todo esse trabalho é gratificante. Valeu a pena”, afirmou, ressaltando a importância histórica do açúcar na economia alagoana.
A homenagem foi amplamente apoiada por diversos líderes do setor industrial. Pedro Robério, presidente do Sindaçucar, descreveu a condecoração como “mais que justa” e um reconhecimento à excelência de Maranhão em um dos contextos mais desafiadores do estado. Carlos Henrique Passos, presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), destacou que o prêmio é um exemplo para as novas gerações que aspiram entrar na indústria.
A Medalha do Mérito Industrial, criada em 1958, é destinada a reconhecer personalidades e instituições que contribuíram significativamente para a indústria nacional, simbolizando a importância do empreendedorismo e da inovação no Brasil. O legado de José Carlos Maranhão como um ícone da indústria canavieira é um testemunho do impacto duradouro que ele teve ao longo de sua vida no setor.