Jornalistas do Dia D driblaram proibições e não tiveram reconhecimento merecido, revela biografia de Martha Gellhorn e suas colegas.



Em um momento crucial da história, há exatos 80 anos, as jornalistas que cobriram de perto o Dia D tiveram que enfrentar desafios e restrições impostas pelos militares, que não viam com bons olhos a presença delas nas frentes de batalha. Mesmo assim, essas mulheres determinadas não se abateram e buscaram maneiras de driblar as proibições para levar a informação ao público.

No dia 6 de junho de 1944, as tropas Aliadas desembarcaram na Normandia, na costa oeste da França, marcando o início do fim do regime nazista. Entre as jornalistas que se destacaram nesse cenário está Martha Gellhorn, uma repórter americana que, mesmo ciente das restrições, conseguiu se disfarçar de enfermeira da Cruz Vermelha e embarcar para a zona de guerra.

Apesar da astúcia de Martha, ela acabou sendo detida pelos Aliados ao retornar a Londres e foi proibida de voltar à França. A história se repetiu com a repórter Lee Carson, que também desafiou as ordens oficiais e foi punida pelos militares.

A presença de mulheres jornalistas em zonas de conflito era vista com desconfiança e preconceito naquela época. Os comandantes temiam que a presença feminina pudesse perturbar os soldados e sexualizavam as profissionais, tornando o ambiente ainda mais hostil.

Mesmo enfrentando o machismo e as punições, essas jornalistas conseguiram obter informações exclusivas e relatar os acontecimentos de maneira corajosa. No entanto, seus feitos muitas vezes foram esquecidos ou minimizados, enquanto seus colegas homens eram celebrados e promovidos.

É importante resgatar a história dessas mulheres corajosas e reconhecer seu papel fundamental na cobertura jornalística do Dia D e da Segunda Guerra Mundial. Suas reportagens ajudaram a informar e conscientizar o público sobre os horrores do conflito, mesmo que tenham sido silenciadas e esquecidas ao longo dos anos.

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