Jornalistas da Record movimentaram R$ 3,4 milhões desviados de doações destinadas a famílias vulneráveis na Bahia, aponta investigação da Polícia Civil.


 

Um escândalo envolvendo o desvio de doações destinadas a famílias vulneráveis na Bahia veio à tona recentemente, com dois jornalistas sendo indiciados pela Polícia Civil por movimentarem cerca de R$ 3,4 milhões em suas contas bancárias em menos de um ano. Marcelo Castro e Jamerson Oliveira, ambos da Record TV Itapoan na época dos fatos, estão no centro das investigações do caso conhecido como o “escândalo do pix”.

De acordo com as informações reveladas, o Ministério Público do estado solicitou novas diligências após receber o inquérito, e durante os depoimentos, os jornalistas negaram qualquer participação nos crimes. No entanto, os valores movimentados por eles levantaram suspeitas, já que são considerados incompatíveis com suas rendas. Marcelo teria movimentado aproximadamente R$ 1,2 milhão, enquanto Jamerson chegou a R$ 2,2 milhões.

Ambos os jornalistas foram indiciados por estelionato, organização criminosa e lavagem de dinheiro, crimes que acarretam penas que variam de 8 a 21 anos de prisão. Além deles, outras pessoas também foram indiciadas no caso, incluindo um amigo de Oliveira, apontado como operador do esquema, e pessoas que emprestaram suas chaves pix para o programa de TV.

O esquema funcionava da seguinte forma: Marcelo realizava reportagens com famílias carentes, solicitando doações por pix com a promessa de que o dinheiro seria destinado às famílias necessitadas. No entanto, o golpe veio à tona quando o jogador Anderson Talisca tentou fazer uma doação de R$ 70 mil e descobriu que o pix informado na TV não correspondia à família da criança doente.

A investigação interna da emissora revelou outros 11 casos similares, resultando na demissão de Castro e Oliveira. As famílias beneficiadas relataram que estranharam os valores repassados, muitas vezes baixos e com números redondos, indicando uma possível manipulação por parte dos jornalistas.

Em meio a esse escândalo, a população exige respostas e providências das autoridades competentes para que os responsáveis sejam devidamente punidos e as famílias prejudicadas possam ser amparadas. A confiança no jornalismo e na imprensa, tão importantes para o funcionamento da sociedade, é abalada quando casos como esse vêm à tona, mostrando a necessidade de uma fiscalização rigorosa e ética nos meios de comunicação.

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