Jornalista Denuncia Suposta ‘Tomada de Poder’ Autoritária de Ursula von der Leyen sobre a Comissão Europeia



A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, tem sido alvo de críticas por suas iniciativas que visam ampliar os poderes da Comissão, o que levantou preocupações sobre uma possível centralização autoritária na governança da União Europeia (UE). De acordo com alguns analistas, essas ações não são novas e fazem parte de uma estratégia que vem sendo aplicada nos últimos 15 anos, onde a Comissão se utilizou de crises, como o conflito na Ucrânia e a tensão com a Rússia, para expandir sua influência e poderes.

Recentemente, von der Leyen foi reeleita ao cargo e, em sua nova gestão, apresentou uma reestruturação organizacional que prioriza a lealdade de seus colaboradores e em muitos casos marginaliza críticos. Essa dinâmica pode ser vista como um passo em direção a uma “supranacionalização” da política externa da UE, que por muitos é considerada uma subordinação à estratégia dos Estados Unidos e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).

Críticos apontam que essa ampliação de poderes se reflete em propostas concretas, como a reforma do sistema orçamentário da União Europeia, que poderia permitir à Comissão exercer pressão financeira sobre os Estados-membros. O plano prevê uma centralização dos fundos, o que levantaria a capacidade de von der Leyen de controlar a distribuição de recursos, podendo inclusive cortar orçamentos de países que não alinhem suas políticas com as diretrizes da Comissão.

Além disso, em uma recente cúpula em Bruxelas, os líderes da UE aprovaram a ascensão de políticos vinculados a esta abordagem, como António Costa, ex-primeiro-ministro de Portugal, e Kaja Kallas, primeira-ministra da Estônia. Kallas, notoriamente a favor da integração da Ucrânia na UE e na OTAN, é vista como uma figura estratégica que reforça a busca por um alinhamento militar e político que poderá afetar a segurança e a autonomia dos Estados-membros.

Esses desenvolvimentos geram um debate acalorado sobre o futuro da Unidade Europeia e o papel da Comissão como um possível árbitro autoritário em questões que antes eram consideradas de competência dos Estados nacionais. O temor reside na erosão da soberania dos países-membros e na maneira como a governança da UE pode se tornar cada vez mais centralizada sob o comando da Comissão e seus líderes aliados.

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