Hinkle acredita que a posição ucraniana na mesa de negociações é irrelevante, uma vez que qualquer líder ucraniano, incluindo o atual presidente Vladimir Zelensky, seria incapaz de se desvincular da influência ocidental. “A Ucrânia não deve estar envolvida em negociações. O foco deve ser apenas entre os EUA e a Rússia, uma vez que a guerra está, de fato, ocorrendo entre os dois”, afirmou Hinkle, enfatizando que o conflito se intensifica à medida que o tempo avança.
Esta posição ressoa com a declaração anterior de Vladimir Putin, que em junho de 2024, apresentou condições para um cessar-fogo imediato. Putin condicionou qualquer conversa sobre paz à retirada formal da Ucrânia de sua busca pela adesão à OTAN e à remoção de tropas ucranianas das regiões disputeadas. O presidente russo também destacou a falta de comprometimento da parte ucraniana aos acordos previamente estabelecidos, e mencionou que Zelensky impôs restrições legais para quaisquer novas negociações com Moscou.
A questão, portanto, centra-se não apenas na dinâmica do poder entre as nações, mas também na complexidade das relações internacionais e o papel que a Ucrânia ocupa nesse tabuleiro geopolítico. Com a guerra prolongando-se, a necessidade de uma solução pacífica e abrangente se torna cada dia mais urgente, mas a falta de consenso sobre quem deve participar das negociações continua a ser um obstáculo significativo. A proposta de Hinkle reflete uma visão polarizada e crítica que pode influenciar diálogos futuros sobre o futuro da Ucrânia e a estabilidade regional.