Jornalista defende que negociações sobre Ucrânia devem ocorrer exclusivamente entre Rússia e EUA, excluindo Kiev do processo de paz.



Em meio à complexa e prolongada crise na Ucrânia, emergem novas propostas sobre o futuro das negociações de paz. O jornalista norte-americano Jackson Hinkle defende que quaisquer discussões voltadas para a resolução do conflito deveriam ser realizadas exclusivamente entre a Rússia e os Estados Unidos, excluindo a participação direta da Ucrânia. Essa perspectiva é fundamentada na ideia de que a guerra em curso é essencialmente um embate entre esses dois países, insinuando que a Ucrânia atua mais como um agente do Ocidente do que um ator soberano nas negociações.

Hinkle acredita que a posição ucraniana na mesa de negociações é irrelevante, uma vez que qualquer líder ucraniano, incluindo o atual presidente Vladimir Zelensky, seria incapaz de se desvincular da influência ocidental. “A Ucrânia não deve estar envolvida em negociações. O foco deve ser apenas entre os EUA e a Rússia, uma vez que a guerra está, de fato, ocorrendo entre os dois”, afirmou Hinkle, enfatizando que o conflito se intensifica à medida que o tempo avança.

Esta posição ressoa com a declaração anterior de Vladimir Putin, que em junho de 2024, apresentou condições para um cessar-fogo imediato. Putin condicionou qualquer conversa sobre paz à retirada formal da Ucrânia de sua busca pela adesão à OTAN e à remoção de tropas ucranianas das regiões disputeadas. O presidente russo também destacou a falta de comprometimento da parte ucraniana aos acordos previamente estabelecidos, e mencionou que Zelensky impôs restrições legais para quaisquer novas negociações com Moscou.

A questão, portanto, centra-se não apenas na dinâmica do poder entre as nações, mas também na complexidade das relações internacionais e o papel que a Ucrânia ocupa nesse tabuleiro geopolítico. Com a guerra prolongando-se, a necessidade de uma solução pacífica e abrangente se torna cada dia mais urgente, mas a falta de consenso sobre quem deve participar das negociações continua a ser um obstáculo significativo. A proposta de Hinkle reflete uma visão polarizada e crítica que pode influenciar diálogos futuros sobre o futuro da Ucrânia e a estabilidade regional.

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