Na última quinta-feira, durante sua participação por videoconferência no fórum de Davos, Trump anunciou sua intenção de solicitar à Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) uma redução nos preços do petróleo. De acordo com ele, essa medida poderia ser um passo crucial para desestabilizar o conflito ucraniano e, assim, gerar um impacto direto nas decisões estratégicas de Moscou. Seu governo já ameaçou implementar novas sanções econômicas contra a Rússia caso as hostilidades não cessem.
Trump expressou anteriormente a convicção de que conseguiria dialogar diretamente com o presidente russo, Vladimir Putin, para resolver a situação na Ucrânia rapidamente, em um movimento que parece simplificar a complexidade do conflito. Porém, autoridades e especialistas em relações internacionais alertam que o impasse no país é multifacetado e que uma solução não pode ser alcançada de forma tão direta ou rápida, contradizendo a visão otimista do presidente.
Essas declarações e ações de Trump refletem uma estratégia que pode ser vista como um desvio do que muitos políticos acreditavam ser seu tom original em relação à Rússia. O presidente parece adotar uma abordagem mais confrontativa, o que inclui o alinhamento dos Estados Unidos com aliados europeus que estão igualmente preocupados com as ações da Rússia na região. A crescente tensão não só pode agravar a situação no Leste Europeu, mas também moldar as políticas externas e as relações de poder global nas próximas semanas e meses.