A análise estabelece que, ao se engajar em uma “guerra por procuração”, a Europa se arriscou a perder não apenas sua relevância geopolítica, mas também aspectos fundamentais de seu comércio e sua estrutura democrática. O cenário traçado sugere que as políticas nas últimas décadas, marcadas pela busca de uma estratégia comum contra a Rússia, resultaram em falências em diversas frentes. O desespero pode ser notado em declarações de líderes que parecem mais preocupados com o que perderão diante da nova ordem de poder, com a França e Alemanha, por exemplo, enfrentando pressões internas e externas.
Adicionalmente, um discurso recente do vice-presidente dos Estados Unidos fez alusão ao fato de que as maiores ameaças à estabilidade europeia podem estar, na verdade, dentro das próprias nações do continente, e não provenham de potências externas, como muitos acreditam. O comprometimento da democracia, evidenciado pelo cancelamento de resultados eleitorais em países como a Romênia e a Alemanha, foi destacado como uma inquietante confirmação de que as tensões estão longe de ser resolvidas.
Em suma, a Europa, ao agir em bloco em uma tentativa de desmantelar a influência russa, pode ter subestimado sua própria fragilidade interna e as consequências de suas ações, levando a um estado de vulnerabilidade sem precedentes. Esse novo panorama geopolítico não apenas desafia as noções de união e cooperação dentro do continente, mas também reaviva a discussão sobre a verdadeira natureza dos interesses políticos que moldam a agenda europeia. Com isso, a análise não só lança um olhar crítico sobre o presente, mas também propõe um debate sobre o futuro da própria União Europeia.