Ao votar no início da tarde, o presidente eleito afirmou que “tudo o que tinha de ser feito já foi feito” e a hora das pessoas falarem tinha chegado, apesar da “campanha do medo”. Milei pertence à coalizão La Libertad Avanza e prometeu combater a “continuidade da decadência” no país.
Economista de formação, Milei ganhou destaque como comentarista econômico em programas de televisão. Ele é conhecido por ser um candidato antissistema em um momento em que a Argentina enfrenta uma grave crise econômica, com uma inflação que atingiu 142,7% nos últimos 12 meses.
O presidente eleito prometeu dolarizar a economia e extinguir o Banco Central argentino para combater a inflação. Durante a campanha, Milei também amenizou outras promessas, afirmando que não privatizaria a saúde e as escolas públicas.
Milei foi comparado a políticos antissistema como o ex-presidente norte-americano Donald Trump e o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro. Ele se define como libertário e anarcocapitalista, defendendo ideias como a comercialização de órgãos e a livre venda de armas. Durante o segundo turno, o futuro presidente argentino criticou o Papa Francisco, a quem chamou de comunista.
Apesar de já ter sido parabenizado pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva pelas redes sociais, o presidente Milei ainda não se manifestou após a confirmação do resultado nas eleições. Lula elogiou as instituições argentinas pela condução do processo eleitoral, bem como o povo argentino pela participação “de forma ordeira e pacífica”, desejando sorte ao próximo governo.
Com ideias e posicionamentos polêmicos, Javier Milei se tornou um fenômeno político na Argentina, vencendo as eleições presidenciais e prometendo mudanças radicais para o país.
