Em suas considerações, Janja enfatizou que seus planos para o futuro são mais pessoais e, por enquanto, envolvem o desejo de viajar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao final de seu mandato. Essa visão de um futuro mais íntimo contrasta com as análises que apontam a possibilidade de um caminho político, abrindo espaço para debates e conjecturas sobre o papel da primeira-dama na cena política.
Pesquisas realizadas pelo PoderData entre março e junho de 2025 oferecem um panorama desafiador para uma eventual candidatura de Janja. Os dados revelam que 50% dos eleitores que conhecem seu trabalho no governo têm uma avaliação negativa de sua atuação, enquanto apenas uma fração menor, entre 29% e 31%, expressa apoio. Além disso, 20% dos entrevistados afirmam não ter uma opinião formada sobre sua figura pública, indicando uma lacuna significativa a ser preenchida.
Com esses números em mente, a ideia de uma candidatura parece, à primeira vista, complicada. A relação entre a primeira-dama e a política, embora não pretendida por ela, levanta questões sobre a imagem que o público possui e o espaço que ocupa no imaginário da população. Embora reitere seu desinteresse por uma carreira política, o fato de que sua figura ainda gire em torno de especulações eleitorais sugere que a política e a personalização dos personagens que a habitam estão mais entrelaçadas do que ela gostaria de admitir. O conceito de uma primeira-dama como candidata, mesmo que distante do seu desejo, continua a ser um tema quente para debate nos corredores da política nacional.